sábado, 19 de janeiro de 2013

A Longevidade da Percepção

Aquele mar calmo e cheio de novas ondas entrou por um campo rechiado de cor e cheiro com intenções por ele desconhecidas mas necessárias para a percepção da real realidade.
Assustado esgueirou se por vezes por medos vindos de um ser escuro e prepotente que não daria a liberdade da partilha.
Entre as flores foi percorrendo com agilidade e amedrontado sem saber para onde seria o caminho correcto.
Foi deixando vestigios de si, quase sem saber nem como nem porque.Ficaram lá.Estagnados.
O impedimento fez com que voltasse atrás e pensasse que se calhar não pertence ali.Fugindo com um pouco de desprezo e um pouco tristeza talvez ficou em vazio, perdido no limbo.

Nao sei se pensará duas vezes em voltar a fazer a mesma jornada.
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A incompatibilidade de pensamentos

Porquê  a injustiça  dos seres?Fazendo uns felizes e outros enraivecidos.
Tento achar um equilibrio que pelos vistos não é o meu.
Não tenho direito de fazer com as minhas pequenas opções uma oferta que me fará feliz e a outros elementos também. Sou punida. Se calhar com razão mas não da maneira correcta.
Isso faz me sentir incompleta e ridicula.
Deixo? Se deixo sou engolida , se não deixo sou penalizada.
Acho que sem o meu humilde direito não sou ninguem.
O incumprimento de regras está a sugar aquilo que tenho mais em mim, a partilha...
Vou ter que ficar trancada em mim até poder partilhar nova/mente.
Vou angustiada no pensamento.
Vou sonhando com o dia certo até poder acordar e sentir outra vez.

Catarina Matos